sexta-feira, 23 de julho de 2010

A LINGUAGEM NOS PROCESSOS SOCIAIS DE CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE

Universidade do Estado da Bahia


Departamento de Educação – Campus XV

Curso: Pedagogia

Disciplina: Linguagem e Educação

Docente: Mácio Nunes Machado. VII Semestre

Discente: Luciana Patrícia Silva

Sinal de leitura texto 07

A LINGUAGEM NOS PROCESSOS SOCIAIS DE CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE

Movendo-se entre o mundo ético e o mundo estético.

· Na arquitetura do pensamento bakhtiniano, a relação com a alteridade é fundamental e é a partir desta relação em que herói é o outro do autor. O autor é o outro do herói, que o pensador russo estatui o princípio básico que diferencia da relação estética da relação ética.

· A posição produtiva e criativa do autor é que lhe permite o olhar para o todo da obra.

· O fato de cada obra ser um todo acabado não significa que seja uma totalidade fechada, sem vazios e sem sujeição a interferências.

· A consciência do autor é consciência de uma consciência, ou seja, é uma consciência que engloba e acaba a consciência do herói e do seu mundo.

· O todo acabado de minha vida, eu não domínio, por isso o mundo da minha vida é um mundo ético, embora a vida possa ser vivida esteticamente.

· Olhamo-nos com os olhos do outro. Mas regressamos sempre a nós mesmos e a nossa incompletude.

· É na tensão do encontro/ desencontro do eu e do tu que ambos se constituem. E, nessa atividade constrói-se a linguagem enquanto mediação sígnica necessária.

· Linguagem é trabalho e produto de trabalho, cada expressão carrega a historia de sua construção e de seus usos.

· A linguagem, enquanto atividade implica que até mesmo as línguas não estão de antemão prontas, dados como um sistema de que o sujeito se apropria para usá-los segundo suas necessidades.

· A linguagem (...) regula a atividade psíquica, constituindo a consciência, porque é expressão de signos que encarnam o sentido como elemento da cultura.

· É a sociedade atual que imagina um futuro e com base nesta “memória do futuro” seleciona do passado os valores, saberes e conhecimento que querem ver realizados.

· A conquista humana do domínio da técnica da escrita alarga incomensuravelmente, no tempo e no espaço, os horizontes de nossas possibilidades interativas e, por isso mesmo, da constituição de nossas consciências.

6 comentários:

  1. Olá!!

    Você conseguiu destacar as principais idéias do texto, mas senti falta das suas impressões pessoais sobre o mesmo.

    Att.

    Mácio

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  2. Universidade do Estado da Bahia
    Departamento de Educação – Campus XV
    Disciplina: Linguagem e Educação
    Aluna: Ana Paula Pereira Cruz
    Pedagogia - VII Período


    O texto de Geraldi vem elucidar a visão que a muito tem determinado o que é ser cidadão. Nesta, cidadão é um sujeito racional, letrado, crítico, consciente.
    Aqui começa a separação desigual que privilegia a alguns em detrimento de tantos outros.
    O autor traz a importância de prestarmos atenção aos acontecimentos; pois em dados momentos utilizamos hoje conceitos que nos foram ensinados no passado para viver uma sociedade que almejamos construir.
    Por vezes é transmitidos/ensinados um conjunto de conhecimentos que a tradição nos deixou como um “legado”, taxado como imprescindível à construção de um futuro sonhado pelo passado, e não pelo presente.
    Geraldi aponta que esta sociedade fundada em valores, saberes e conhecimentos, cada vez mais se mostram excludente. Isto se cristalina quando pensamos que temos sido “bombardeados” pelas discussões que sinalizam um momento de instabilidades, de identidades diferenciadas, diversidade, e em contrapartida, ainda existe a manutenção das exclusões sociais, culturais, políticas.
    Logo, podemos acreditar juntamente com Geraldi que a compreensão para estas questões devem se inclinar para a diversidade lingüística e a subordinação da oralidade à escrita.
    A escrita se constitui num instrumento de dominação, de desigualdade, de determinar o certo e errado, de engessar a variedade lingüística.
    Entretanto, segundo Geraldi, construir uma sociedade na qual os homens sejam livres e únicos e não lugar de separação radical, sociedade esta que não foi o passado quem projetou, mas nós; para que se torne real deve ser defendida ferozmente pelo exercício da cidadania.

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  3. Universidade do Estado da Bahia
    Departamento de Educação – Campus XV
    Disciplina: Linguagem e Educação
    Aluna: Ilma de Oliveira
    Pedagogia - VII Período
    texto 7
    Linguagem nos processos sociais de constituição da subjetividade
    O autor aborda a questões da linguagem como elemento determinante da subjetividade. Diz que a linguagem é trabalho e produto do trabalho. Esse trabalho continuo de constituição não pode ser entendido como um sistema fechado e acabado de signos para sempre disponíveis, prontos e reconhecíveis. De tal maneira que até mesmo a linguagem enquanto instrumento social não é algo pronto, como se fosse um objeto que o sujeito se apropria para usá-la de acordo com suas necessidades.
    Enquanto instrumento constitutivo dos sujeitos, a linguagem é determinante na construção da consciência, pois tal processo se dá a partir do conhecimento das diferentes palavras que se internalizam e funcionam como contra palavras dos sentidos do que vivemos, vemos, ouvimos, lemos.
    Em relação a singularidade de cada sujeito, o autor diz que tal processo se dá quando cada sujeito coloca, a questão das relações com os outros e com a organização social, espaço em que estamos inseridos instavelmente, estando divididos entre o egoísmo e o altruísmo. É nesse espaço que o individuo exerce a cidadania.
    Geraldi diz que é a partir da perspectiva da instabilidade dos sujeitos, da historia e da natureza que os processos educacionais podem ser revistos. Ao passo que a atividade pedagógica é expressa como pratica social, que só existe porque sociedade atual predetermina uma sociedade futura, porém o projeto que a sustenta fundamenta-se no passado.
    A sociedade atual, edificada com base num conjunto de valores, saberes e conhecimentos, que nos foram passados, é cada vez mais excludente. De tal maneira, quem determina o que do passado será transmitido para o futuro são aqueles que se beneficiam com a exclusão.
    A conquista humana do domínio da língua escrita cresce no tempo e no espaço, as possibilidades interativas da constituição de nossa consciência. Porém a escrita se estabeleceu historicamente como espaço de ordem e do limite dos sentidos. Foi a pretensão por definir, orientar e projetar as realizações humanas, emfim determinar a maneira da vida dos homens e de seus signos.
    De tal maneira, a sociedade foi construída sob o império de uma separação radical, por meio de uma estrutura de exclusão. Onde o acesso ao mundo da escrita, reservado uma pequena minoria, permitiu a proeza da seleção, da distribuição e do controle do discurso escrito, produzindo um mundo separado, onde o não letrado não tem acesso.
    O autor nos deixa claro sua indignação em relação a maneira a escrita é usada como forma de normatizar a fala: para os letrados. Onde o mundo limita-se ao que é determinado pela classe dominante, e a escola é instrumento de reprodução de valores sociais dessa classe letrada que detem o poder.

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  4. Olá Paula e Ilma!!

    As suas contribuições para a reflexão sobre temática da linguagem e a subjetividade humana são excelentes.

    Parabéns!!

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  5. Universidade do Estado da Bahia
    Departamento de Educação – Campus XV
    Disciplina: Linguagem e Educação
    Aluna: Rosilane Cordova de Aleluia
    Professor: Marcio Machado

    Sinal de leitura texto 07

    A LINGUAGEM NOS PROCESSOS SOCIAIS DE CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE.

    Neste texto Geraldi, descreve teve como objetivo de trazer para reflexão do leitor sobre a cidadania, que é conceituada por ele como um conjunto de conceitos formulados nos contextos de reflexão sobre a atividade constitutiva da linguagem.


    Abordando aspecto do mundo ético e o mundo estético, sendo o mundo da nossa vida cotidiana como ético e o que vive os heróis que é o outro do autor. “O homem se completa a partir das experiências vividas por outro homem” onde a linguagem é o trabalho e produto do próprio trabalho.

    A linguagem enquanto atividade, mesmo que não utilizada de forma “considerada correta”, trás consigo variáveis que os sujeitos se apropriam de acordo com as suas necessidades. No âmbito educacional segundo Geraldi, a sociedade imagina o futuro através das experiências do passado, em que muitos sujeitos são formados do mesmo jeito que sua geração passada.

    O questionamento que alguns alunos fazem hoje de que determinado assuntos não tem “serventia’ para eles, foram feitas anteriormente pelo seu professor na sua época de estudante, contudo este professor não pode mudar muita coisa, porque isto está alem do que ele pode fazer.

    A sociedade é construída com base no conjunto de valores, saberes e conhecimentos que nos foram transmitidos e é cada vez mais excludente porque o domínio da escrita trás consigo a separação dos sujeitos, onde quem não faz parte do grupo dos letrados são excluídos de alguma forma. A apropriação da leitura gera poder, pois acaba selecionado o que a maioria precisa saber, controlando o discurso escrito. Cabendo a escola com as experiências do presente, mudar esse cenário para o futuro. A linguagem é universal e mesmo que seja adquirida por poucos não quer dizer que ela está sendo praticada.

    Se o domínio da linguagem escrita proporciona poder aos sujeitos, a escola tem como papel gerar mais aquisitores desta linguagem, pois assim poderemos interferir na construção de uma sociedade menos excludente. Só há exclusão porque no passado e no presente ouve divisão. Pra que dividir se podemos somar conhecimentos e experiências.

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  6. Universidade do Estado da Bahia
    Departamento de Educação – Campus XV
    Disciplina: Linguagem e Educação
    Pedagogia - VII Período
    Professor: Mácio Machado
    Aluna: Cecília Andrade


    texto 7 : Linguagem nos processos sociais de constituição da subjetividade

    O texto aborda a subjetividade no contexto das linguagens, para o autor, são as linguagens que determinam a subjetividade. Esta idéia fica mais clara quando ele diz que a linguagem é trabalho e produto do trabalho. Podemos ver que é defendido pelo autos o fato de que não podemos entender a linguagem como um sistema fechado de signos, uma vez que ela é construída e abstrata, não deve ser interpretada como objeto manipulável.
    O texto no revela as diversas faces da linguagem, que somente se concretiza através da interpretação e da consciência dos indivíduos enquanto articuladores desta comunicação.
    Quando trata sobre a individualidade dos sujeitos, Geraldi fala que os sujeitos se relacionam socialmente através da linguagem, e também através dela eles revelam suas personalidades e seus individualismos.

    O texto é bastante claro e nos deixa claro o equivoco da suposta teoria de que a fala pode ser normatizada através da escrita. Elevando cada vez mais o poder dos detentores do saber intelectual.

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