domingo, 29 de agosto de 2010

Sinal de Leitura do Filme Romance

SINAL DE LEITURA DO FILME ROMANCE
Direção: Guel Arraes

Valter Filho
Vandeilton Trindade




O filme trata de um romance, tal romance narra à hstória de Isolda e Tristão. Este, traz uma abordagem de cunho lírico com características barrocas. É oportuno salientar que o filme é carregado de uma serie de linguagens que se faz necessário apontar como mecanismo difusor do enredo do romance apresentado por Wagner Moura e Letícia Sabatella. A hstória de Isolda e Tristão é uma hstória confusa, assim considero. Ao mesmo tempo em que a linguagem do amor é vista como uma tristeza, algo efêmero, o fogo da paixão acende velozmente. Bom ressaltar que as concepções de linguagem podem ser expressa por três categorias: a comunicação, a representação e a pratica social. E é neste patamar que está o âmago da questão. É notório nesta linguagem cinematográfica apresentada, fatores com significados e com significantes. Assim como diz VAL e ROCHA:
a linguagem é trabalho e produto do trabalho. Enquanto tal, cada expressão carrega a história de sua construção e de seus usos. (...) é expressão de signos que encarnam o sentido como elemento da cultura. Sentido que exprime a experiência vivida nas relações sociais, entendidas estas como espaço de imposições, confrontos, desejos, paixões, retornos, imaginação e construções. (1994).

Assim, este carregamento semiótico que o filme apresenta trata a linguagem como um desfeche para o final do romance de Isolda e Tristão. È importante observar que ambos utilizam a linguagem de formas diferentes, ou melhor, tem uma visão de amor e paixão divergentes. Talvez essa diferença que fez com que o interindividual de Tristão provocasse um final diferente do que o Diretor Geral (Danilo) queria e/ ou esperava. Porém, não é valido desconsiderar o intraindividual de Tristão. Ele se preocupava com Isolda. Não somente se preocupava como a amava. Por mais que o mesmo acreditava que o amor é triste, é sofrimento. É uma hstória de romance em que é vista a singularidade de cada sujeito, adentrando, portanto, a questão das relações com os outros e com a organização social, lugar este, que inserimos instáveis e dividimos entre o egoísmo e altruísmo, como era Tristão. Para ele, foi conveniente no momento deixar Isolda e seguir sua vida só com o teatro, do que procurá-la para dialogar sobre seu trabalho na novela. Nada confirma que ela iria ficar fazendo novela, o que aconteceu foi que ele ( Tristão) fez uma analogia dos acontecimentos dela( Isolda) e/ou da vida particular sem ao menos saber da mesma.
A língua é um sistema estável carregada de valores ideológicos, já dizia Gnerre. E é ai que perpassa o conceito da semiótica citada acima. A estética, ética e a lógica segundo Peirce, estudam as normativas, porque elas tem a função de estudar ideais, valores e normas.E se estende dizendo que o que atrai a sensibilidade humana seja em qualquer espaço e/ ou tempo, é o crescimento da razoabilidade concreta.Isto posto, verifica-se que ao mesmo tempo em que recriam a historia deste casal mítico que está na origem dos casais românticos, eles tentam descobrir para si próprios uma nova forma de relacionar, menos trágica e mais livre, mas carregada da mesma emoção. Assim ao narrar um romance contemporâneo tendo como pano de fundo o clássico Tristão e Isolda, ROMANCE é uma história de amor e uma história de paixão. Mas então, o amor e a paixão teem a mesma linguagem? E o final de Isolda e José? Qual a linguagem que fala mais forte?

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